segunda-feira, 4 de maio de 2009

Cartola: de pedreiro à compositor!


Cartola, na verdade, não se chamava Agenor, mas Angenor de Oliveira, como ele próprio somente na velhice acabou descobrindo. O compositor passou a ser chamado de Cartola ainda jovem, no tempo em que era pedreiro. Para proteger seu cabelo do pó de cimento, começou a usar um chapéu-coco que foi a causa de seu apelido, dado pelos colegas de trabalho. Já morava no morro de Mangueira, onde em 1928 co-fundaria a mais lendária das escolas de samba do Rio de Janeiro, a Estação Primeira de Mangueira. Dela se tornaria um dos principais compositores - bem como da própria MPB do passado e de todos os tempos.Após uma fase de incipiente e relativo sucesso nos anos 30, Cartola viveu vários períodos de ostracismo. A reabilitação definitiva de sua arte só aconteceu nos anos 70, quando gravou quatro LPs com suas obras-primas. Nelas se pode notar o criador esmerado de letras líricas e ricas melodias, autor de sambas como "O mundo é um moinho", "As rosas não falam", "Acontece", "Quem me vê sorrindo", "Autonomia" e "Não quero mais amar a ninguém".Em 1988, no octagésimo aniversário de seu nascimento, Cartola (1908-1980) foi homenageado com um disco em que nomes da moderna MPB interpretaram vários de seus sucessos. Cazuza participou da gravação, cantando "O mundo é um moinho".

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